Audiência de segurança pública debate feminicídios em Taboão da Serra

Por Assessoria de Imprensa da Câmara de Taboão | 2/09/2018

A Comissão Permanente de Segurança Pública da Câmara Municipal de Taboão da Serra realizou nesta quinta-feira, dia 30, uma audiência pública para debater casos de violência contra as mulheres e os casos de feminicídios. A comissão aprovou requerimento pedindo mais viaturas para fazer policiamento em Taboão da Serra.

A presidente da comissão, vereadora Érica Franquini, lembrou o caso da moradora Dilma Oliveira, que foi assassinada no início do mês na Vila Indiana. “A violência contra a mulher deve ser combatida não apenas pelas forças policiais, mas por todos nós. Nossa sociedade não tolera mais esse tipo de violência”, disse.

O marido de Dilma, o publicitário Nilton, participou da audiência e relatou o desespero da família que procurou por dias a mulher que estava desaparecida. Ele agradeceu o trabalho da Polícia Civil que solucionou o caso e prendeu o assassino de sua esposa. “Infelizmente não terminou da forma que a gente gostaria”, lamentou.

Cerca de 40 moradores participaram da audiência, muitos deles utilizaram a tribuna para fazer reivindicações e cobranças. A população pediu que aumente as rondas ostensivas na cidade principalmente nos horários em que a população sai para trabalhar. “As ruas são desertas às quatro, cinco da manhã, estamos a mercês de ladrões, de assassinos, a polícia precisa estar na rua nesse horário”, pediu uma moradora.

O capitão Eduardo Casagrandi, que assumiu o comando da 4ª Cia da PM há 40 dias, disse que trocou o horário das mudanças de turno para que o policiamento ostensivo comece mais cedo. O delegado Dr. Altamiro ressaltou a importância da população fazer os boletins de ocorrência. “Quando os BOs não são feitos não temos como investigar e perdemos muito dados importantes que depois são usados para o policiamento preventivo”.

O vereador Eduardo Nóbrega, membro da Comissão de Segurança ressaltou a importância do policiamento no combate a casos de violência contra as mulheres, mas disse que a mudança deve acontecer em casa, na educação das crianças. “Se não mudarmos esses comportamentos machistas, a polícia estará enxugando gelo. Temos que mudar a mentalidade e nossas crianças não podem ser educadas com maus exemplos”.

O vereador Cido da Yafama, vice-presidente da comissão de segurança também lamentou o desfecho triste do caso de Dilma Oliveira. “Nilton, esse crime chocou nossa cidade, o que aconteceu não ficará impune. Temos que aumentar cada vez mais as medidas protetivas para evitar que mulheres sejam vítimas de monstros como esse que matou sua esposa”, disse.

Participaram da audiência os delegados Dr. Altamiro Nunes (1º DP), Dr. Christin Nimoi (2º DP), o comandante da 4ª Cia da PM, Capitão Eduardo Casagrandi, o comandante da GCM, Sandro Léo e Solange Alves, do Conseg Pirajuçara.

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