Câmara de Taboão teve 2 pautas para “prejudicar” votação

Por Sandra Pereira | 9/12/2010

A 37ª sessão ordinária da Câmara de Taboão da Serra foi repleta de manobras e artifícios para impedir a eleição que iria eleger a nova mesa diretora da Casa. Um deles foi no mínimo curioso: duas pautas para a mesma sessão, ambas contendo a assinatura do presidente da Câmara, vereador José Luiz Elói. A existência dos dois deixou alguns vereadores confusos. Informações obtidas pelo Jornal na Net junto aos vereadores dão conta de que uma das pautas teria sido elaborada com a finalidade de “prejudicar a votação”, disseram.

A primeira pauta estabelecia que a votação para a escolha da nova mesa diretora do biênio 2011-2012 iria acontecer logo após a aprovação da ata. Já na segunda, a votação era o último tema da ordem do dia a constar na pauta.

Os vereadores do grupo chamado de baixo clero que agora é formado pelos parlamentares Arnaldinho, Alexandre Depieiri, Wagner Eckstein, Cido, Aprígio, Macário, Natal e Noventa perceberam que o surgimento das duas pautas seria uma tentativa de travar a sessão mas nada puderam fazer.

“A existência das duas pautas mostrou de cara que havia uma articulação para evitar a votação”, lamentou um vereador que pediu para não ser identificado.

Ele confirmou a nossa reportagem que a pressão do grupo que está no comando da diretoria da câmara está intensa. Entretanto, o parlamentar afirma que ainda é cedo para saber quem vai levar a presidência da Casa.

A guerra pelo comando da mesa diretora da Câmara de Taboão da Serra tem um novo capítulo a cada dia e promete se intensificar ainda mais. De um lado, os vereadores rachados em dois grupos travam uma queda de braço, enquanto do outro lado funcionários insatisfeitos esperam por dias melhores.

Os funcionários alegam que estão há dois meses sem receber os tickets alimentação a que tem direito. Além disso, as cestas básicas que eles recebiam anteriormente foram cortadas desde o início do ano, segundo o presidente José Luiz Elói, em função do aumento excessivo de preço.

“A coisa aqui está feia e piora a cada dia. Os funcionários perderam os direitos e ninguém faz nada”, reclama um funcionário da câmara que pediu para não ser identificado por  temer represálias.

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