Representado pelo paulista André Akkari, Poker segue crescendo no Brasil

Por Outro autor | 17/11/2017

Um dos esportes mentais mais populares do planeta, o poker cresceu muito de popularidade nas últimas décadas e boa parcela disso se deve a inclusão da internet e da criação de eventos ao vivo. No Brasil e em São Paulo não foi diferente, e o estado paulista segue como um líder dessa modalidade no país.

Representado, principalmente, pelo paulista e com ampla gama de títulos, André Akkari, e devido ao bom trabalho da Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH) e a inclusão de grandes eventos no Brasil, o poker brasileiro vem numa ascensão rápida. A CBTH calcula que existam cerca de 500 espaços dedicados a esse esporte no Brasil — 15% desses locais estão localizados no Estado de São Paulo.

Akkari que, inclusive, foi o técnico do time paulista na última edição do campeonato brasileiro de poker por equipes, que aconteceu em julho deste ano. A participação de Akkari foi muito importante, pois, pela primeira vez, o Estado foi campeão da modalidade.

Durante os últimos oito anos, a CBHT foi dirigida por Igor "Federal" Trafane. No entanto, em maio deste ano, Uelton Lima foi nomeado como novo presidente da entidade e teve a missão de continuar o bom trabalho feito pelo seu antecessor. Quando deixou o cargo, Federal deixou uma mensagem de agradecimento e apoio ao seu sucessor: “Saio satisfeito pelo meu trabalho e de todos os que sempre estiveram ao meu lado. Minha caminhada com o poker não para por aqui, mas chegou a hora de trocarmos o comando da CBTH, que de agora em diante fica em excelentes mãos com a gestão do Uelton. Obrigado, comunidade!”.

Com base no número de jogadores online, a CBHT calcula que há mais de quatro milhões de praticantes de poker no país. Grande parcela dos praticantes são amadores ou recreativos — no entanto, há mais de 50 mil jogadores que conseguem ter o poker como atividade profissional.

Segundo Devanir Campos, diretor do Brazilian Series Of Poker (BSOP), principal evento de poker que acontece no Brasil e na América Latina, o BSOP é retrato da força do poker nacional. “Nós vivemos um momento bastante especial para o nosso esporte. Depois de muitos anos de caminhada, hoje contamos com diversos fatores que fazem o poker cair no gosto popular cada vez mais. Atualmente somos considerados o maior torneio da modalidade na América Latina, possuímos o melhor grupo de 'dealers' (responsáveis por arbitrar as mesas) e staff do mundo inteiro”, disse ele ao portal IG.

No mês de julho, em Las Vegas, Campos participou de uma reunião com diretores de poker de todo o planeta para discutir os rumos do esporte. “Mais uma vez fomos bastante ativos nas discussões, nós que trabalhamos em circuitos itinerantes temos uma visão diferente (dos estrangeiros)”, disse ele. “O Brasil tem uma relevância muito grande no mercado, até pelo tamanho dos eventos. Tínhamos lá diretores de torneios com 4 ou 5 mesas, enquanto no Brasil temos um BSOP Millions com mais de 150 mesas, por exemplo. Fomos mais uma vez muito respeitados nas opiniões e pontos de vista”.

Atualmente, há três eventos de grande escala credenciados pela CBHT. O próprio BSOP, o WSOP BR (World Series Of Poker Brasil) e o LAPT (Latin American Poker Tour). Basicamente, funcionam da seguinte maneira: é pago um valor destinado à taxa de inscrição, todos jogadores iniciam o jogo com exatamente o mesmo número de fichas e a premiação final é correspondente a colocação final de cada participante.

Além de já ter conseguido se impor no cenário mundial, o poker brasileiro mostra potencial para crescer ainda mais e, quem sabe, tornar-se uma das principais modalidades em terras brasileiras.

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