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Por | 18/11/2010
Cembranelli afirmou em entrevista que várias provas comprovaram a participação do condenado
Muita movimentação no Fórum de Itapecerica da Serra nesta quinta-feira, 18 de novembro. No local, um dos sete acusados de envolvimento no assassinato de Celso Daniel foi julgado. O Jornal na Net foi o único veículo da região que conseguiu com exclusividade acompanhar o julgamento e a decisão da Justiça que condenou o acusado, após oito anos do assassinato brutal do então prefeito de Santo André.
Marcos Roberto Bispo dos Santos foi condenado a 18 anos de prisão inicialmente em regime fechado por participação na morte de Celso Daniel em 2002. Ele foi considerado culpado pelo crime - com duas qualificadoras, motivo torpe e impossibilidade de defesa à vítima - pelos jurados (cinco mulheres e dois homens), durante toda esta quinta-feira.
A sentença foi anunciada pelo juiz Antonio Augusto Galvão de França Hristov às 17h30. Em sua justificativa para a pena, o juiz citou que o crime causou "dessassego social" devido ao cargo ocupado pela vítima.
Por não comparecer ao julgamento Marcos foi julgado à revelia. Foragido da Justiça, ele já era procurado pela polícia antes do júri. Havia um mandado de prisão preventiva contra ele. Além da ausência do condenado, o júri não teve testemunhas para serem ouvidas. As quatro da defesa não compareceram.
Em depoimentos anteriores, Marcos chegou a confessar o crime à Polícia Civil, mas depois, em juízo, negou essa versão e disse que havia sido torturado para confessar um crime que não cometeu. E esse foi o único argumento que o advogado do réu sustentou “a única prova da participação de meu cliente no crime fora uma confissão sob tortura que ele deu ao Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP)”, afirmou o advogado.
De acordo com o advogado do condenado, Adriano Marreiro, não há provas contra o seu cliente. “Não tenho dúvida que o Marcos entrou como “laranja” no caso para tirar a conotação política. Vou recorrer da sentença”, disse.
O promotor Francisco Cembranelli foi o responsável pela sustentação oral aos jurados. Para o representante do Ministério Público, o político foi morto porque tentou acabar com um esquema de corrupção na Prefeitura de Santo André naquela época.
Em sua fala, o promotor afirmou que Celso Daniel havia descoberto que parte da propina dada por empresários à administração da prefeitura e repassada à diretoria do Partido dos Trabalhadores para financiar caixa dois de campanha eleitoral também estava sendo desviada para contas particulares dos envolvidos no esquema.
“Marcos foi o responsável por levar Celso Daniel de carro para um cativeiro, onde o político foi morto a tiros em 18 de janeiro de 2002. Ele dirigia um Santana roubado e participou do crime”, afirmou na réplica.
Durante a tréplica do advogado de defesa, Marreiro e Cembranelli discutiram por três vezes e chegaram a alterar o tom de voz, gerando um clima de discussão acirrada. O advogado afirmou que o promotor não tinha provas concretas do acusado e que ele (Cembranelli), apresentou provas envolvendo os outros acusados, mas que não sustentou, em sua opinião provas contra Marcos. “Ele só confessou porque foi torturado. Mas não tem participação no crime”, defendeu o advogado.
Cembranelli afirmou que se não houvesse provas, o Ministério Público tinha encerrado o caso. “Quem alega tortura é o senhor, apresentei as provas que tenho e todas estão no processo, assim como todas as testemunhas de acusação”, afirmou o promotor.
Marcos foi julgado num processo em separado de outros dois a respeito do caso Celso Daniel. Segundo o juiz do município, Dr. Antônio Augusto Galvão de França Hristov, os outros sete acusados ainda serão julgados em 2012. “Geralmente o tribunal de justiça calcula dentro de um ano para ir a julgamento”, afirmou.
Ainda de acordo com o juiz, a cidade realizou até esta quinta-feira, 18, 60 plenários de júri, sendo que a comarca realiza também júri acumulativo. “Vara de família, mas os jurados já estão se acostumando, porque na próxima quinta-feira acontece mais um plenário de júri”, finalizou.
A segurança do local ficou a cargo da Guarda Civil Municipal (GCM) e também da Polícia Militar.
Confira mais fotos do julgamento:
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