Fernando Fernandes sinaliza que poderá conceder abono para os servidores públicos em Taboão

Por Sandra Pereira | 29/05/2017

O prefeito Fernando Fernandes sinalizou com a possibilidade de conceder abono salarial aos servidores municipais, durante entrevista coletiva que concedeu semana passada. Ele disse já ter compromisso com os servidores de aumentar os vencimentos, quando houver aumento na arrecadação. Fernandes comentou a divisão na Câmara entre os chamados G9 e o G4, afirmou esperar que a rivalidade no Legislativo e não afete o governo e nem a governabilidade. Ele salientou que ambos os projetos de sucessão do G9, sem um nome definido, e do G4, com Eduardo Nóbrega são legítimos e que “qualquer um pode sonhar em ser prefeito”, mas deixou claro que os planos de sucessão não podem afetar sua gestão.

Nesta segunda-feira, 29, o prefeito vai reunir os 12 vereadores da base governista para tratar sobre o requerimento pedindo a realização de estudos visando à implantação do vale-transporte ou dissídio dos servidores municipais, apresentado pelo G9 na última sessão. Ao que tudo indica, ele vai chamar toda a base à responsabilidade em relação ao documento que trouxe esperança ao funcionalismo municipal, mas expôs o governo. Entretanto, segundo o prefeito, o documento não foi um ataque ao governo, já que todos os nove autores do pedido se apressaram de tribuna a expressar apoio irrestrito à sua gestão.

“Quando você vai dar aumento precisa ter responsabilidade e ver se vai conseguir arcar com isso. Estamos falando em aumento e pode ser que daqui há dois meses nós tenhamos que falar em cortes, reduzir o número de livres-nomeados, sei lá. O Brasil vive um momento incerto, os investidores estão desnorteados. O futuro do Brasil é uma incógnita. Nós temos que ter calma e observar a arrecadação. Eu sempre manifestei, aliás, tenho um compromisso com o funcionalismo. Quando eu tiver melhora na arrecadação vou dar aumento ao funcionalismo”, afirmou o prefeito.

Fernando Fernandes disse que não reconhece a greve dos servidores da educação, que teve parte das atividades paralisadas há quase um mês. Ele chegou a dizer que o STF tem um entendimento de que não havendo atraso salarial não há motivo para greve.

“Não reconheço a greve, primeiro que o número de funcionários que está participando é muito pequeno. Segundo que existe um entendimento no STF que greve só é aceita quando não há pagamento de salário, por aumento greve não é mais aceita. As paralisações organizadas, combinadas com os dois lados, aí sim poderiam ser feitas. Eu acho que esses funcionários estão cometendo um erro grave, daqui a pouco eles vão ter abandono de emprego”, observou.

FF lembrou na entrevista que sua vida política sempre foi no Executivo, mas, por ter a esposa como deputada Analice Fernandes, no parlamento, e pela própria experiência na política entende a questão do Legislativo. “Quando o vereador vê povo ou funcionário na frente dele, ele arrepia, e, às vezes, toma atitude para dar satisfação a quem está na frente. Eu acho que eles deram uma satisfação aos funcionários que estavam lá”, afirmou o prefeito.

Para o prefeito é preciso discutir a questão do abono com responsabilidade para evitar problemas futuros de atrasos salariais, como o que vem ocorrendo no Rio de Janeiro, por exemplo, que ainda não pagou o 13º do ano passado. Fernandes avalia que antes de conceder aumento é preciso avaliar a conjuntura econômica nacional.

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