Vereadores se calam sobre fechamento da maternidade de Embu para reforma
Com a aceitação da maioria dos vereadores, já que nenhum deles se declarou contrário, a prefeitura de Embu Artes vai fechar pelos próximos 5 meses a maternidade Municipal Alice Campos Mendes para reforma de sua infraestrutura. O fechamento é justificado com o argumento de que a maternidade estaria comprometida com infiltrações que traz risco de infecção para mães e bebês. O fechamento da maternidade para reforma é apoiado pela Câmara, assim como foi o fechamento do Pronto Socorro do Vazame para ser transformado em Hospital Leito.
Embora o fechamento da única maternidade do município seja considerado importante pela população o tema foi pouco ou quase nada discutido pelos vereadores da cidade das Artes. Nem mesmo o presidente da Câmara, Ney Santos, pré-candidato a prefeito, tratou da questão com clareza ou profundidade. Em suas redes sociais o tema passou em branco. O pré-candidato a prefeito se limita a sua tradicional campanha on line e as repetidas prestações de contas.
O fechamento da maternidade, ainda que seja para reforma, está recebido de forma negativa pela população. Nas últimas semanas a reportagem do Jornal na Net recebeu centenas de mensagens criticando a decisão e cobrando posicionamento dos políticos do município. Há o temor de que a reforma demore mais que o previsto, que a maternidade seja fechada em definitivo e o receio de que os profissionais que trabalham lá sejam demitidos.
Nenhum dos questionamentos apresentados pelos leitores parece ter resposta. A Câmara, que seria o espaço onde a população poderia obter essas respostas parece ter se calado.
Em nota enviada ao Jornal na Net a prefeitura de Embu disse que a maternidade será fechada dia 16 e vai reabrir em novembro.
Leia a íntegra da nota:
A Prefeitura de Embu das Artes irá suspender temporariamente o atendimento na Maternidade Municipal de Embu Alice Campos Mendes Machado para reformas no local, a partir do dia 16 de junho. Todas as gestantes que fazem pré-natal na rede municipal de saúde vão receber orientação do seu médico. Os partos serão redirecionados para as maternidades da região, entre elas a do Hospital Geral do Pirajuçara (HGP). A entrega da obra está prevista para novembro.
Parte do prédio do Pronto-Socorro Infantil também passará por reformas, mas não terá seu atendimento interrompido, apenas vai mudar a porta de entrada, que será pelo PS Central, durante o período da obra.
Hoje, a maternidade municipal realiza 150 procedimentos mensais, entre partos e curetagens. O PS Infantil realiza cerca de 5 mil atendimentos mensais.
Como a reforma será feita principalmente na estrutura do telhado do prédio, que está com infiltração no primeiro andar (maternidade) e na recepção do PS Infantil, fica impossível manter o atendimento pelo risco de infecção e acidentes.