Taboão oferece aulas gratuitas de LIBRAS para pais se comunicarem com filhos surdos

Por Assessoria de Imprensa da prefeitura de Taboão da Serra | 25/05/2016

Diversas pesquisas apontam que a comunicação entre pais e filhos é essencial para o desenvolvimento das crianças. Porém, um pequeno diálogo pode se tornar um enorme desafio quando a família é ouvinte e o filho é surdo. Pensando nisto, o Centro de Integração e Apoio ao Deficiente Visual e Auditivo (CIADEVA), da Prefeitura de Taboão da Serra, resolveu oferecer gratuitamente aulas de Libras - Linguagem Brasileira de Sinais - para os pais e familiares.

De acordo com a diretora do CIADEVA, Márcia de Jesus Temóteo, a iniciativa surgiu após uma reunião com os pais. “Muitos relataram que seus filhos eram nervosos e agitados porque tentavam se comunicar e não eram compreendidos. Então, resolvemos fazer esta parceria com os pais para que eles pudessem aprender Libras e assim se comunicar e interagir com os filhos”, afirmou.

Aline Rodrigues mora no Saint Morritz é mãe de Otávio, 5 anos. Otávio nasceu com deficiência auditiva profunda e não se adaptou ao aparelho. “No começo foi triste, porque ninguém querer aceitar que o filho é surdo”, disse. “Com o tempo conheci a cultura surda e as aulas foram essenciais neste processo. Hoje vejo que meu filho é uma criança normal”, afirmou.

As aulas acontecem às sextas-feiras e são ministradas por Wilson Santos Silva, que é surdo. Graduado em Letras-Libras pela Universidade Federal de Santa Catarina e especializado em Educação Especial e Libras, Wilson afirma que por ter estudado em uma escola regular sabe exatamente o que as crianças passam. “Sempre mostro para os pais que se comunicar não é apenas oralizar e que os filhos não são coitadinhos. Durantes as aulas as famílias são orientadas a não se expressar verbalmente e, sim, estimular o aprendizado da Libras. Até porque, se a família não estimular as crianças, a escola encontrará barreiras no ensino”, concluiu.

Sabrina Bonicoski, 30 anos, é mãe de Kauan, hoje com 7 anos. A moradora do Parque Jacarandá desconfiou que o filho pudesse ter alguma deficiência auditiva quando o garoto tinha dez meses. Porém a confirmação só veio aos 3 anos. “Antes ele era muito nervoso, porque queria se comunicar e eu não entendia. Tudo o que ele sabe aprendeu aqui. Não sei o que seria da minha família se não fosse o CIADEVA”, disse.

Quando Kauan nasceu o Teste da Orelhinha, que detecta deficiências auditivas não era obrigatório. Por isto, a descoberta aconteceu tardiamente. Após a sanção da Lei Federal 12.303, o teste é realizado na maternidade ou, em alguns casos, a mãe sai com encaminhamento para agendar o exame. O teste consiste em colocar um fone de ouvido, que está ligado a um computador, na orelha do bebê. O computador emite sons e recolhe as respostas que o canal auditivo produz. O Teste da Orelhinha é rápido, indolor, não precisa de anestesia e é feito com o bebê dormindo, em sono natural. 


Serviço:

CIADEVA
Avenida Brasil, 1146, no Jardim América.
Telefone: (11) 4787-2814.

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