Comércio da Kizaemon Takeuti sofre com agravamento da crise financeira

Por Sandra Pereira | 7/04/2016

É de causar pena a situação que enfrentam os pequenos comerciantes dos mais diversos bairros de Taboão da Serra em decorrência do agravamento da crise financeira que assola o país. Lutando como guerreiros a maioria tenta manter em dia o pagamento dos alugueis onde trabalham. A tarefa que antes era cumprida sem problemas tem ficado cada dia mais difícil e vários comerciantes já admitem que o pior pode acontecer. A região da Kizaemon Takeuti, um dos comércios mais movimentados de Taboão da Serra, enfrenta a pior crise dos últimos anos. Comerciantes já falam em fechar portas e funcionários  temem o desemprego. 

“Está tudo parado. Todos os setores do comércio estão sentindo. A crise já chegou até na alimentação. Tem dias que a gente não vende nem R$ 100”, desabafou a dona de uma loja de miudezas na Kizaemon Takeuti, em Taboão da Serra. 

Ela conta que está no ponto há 6 anos e nunca teve dificuldade de pagar o aluguel, mas está ficando cada vez mais difícil conseguir. 

“Pago R$ 1.200,00 de aluguel e ainda tem as contas de água e luz. Está ficando muito pesado. Ano passado já não foi bom mas 2016 está muito pior”, reclamou. 

A situação é a mesma numa loja de bijuterias da mesma avenida. A rotina que se repete por lá é assim: as clientes olham tudo e não compram quase nada. A dona da loja já baixou os preços das mercadorias mais de uma vez mesmo assim vender está cada ficando mais difícil a cada dia.

“Não sei mais quanto tempo dá pra aguentar assim. Essa crise só piora e a gente não vê alternativa. Essa bagunça na política tem que acabar pra vida da gente voltar ao normal”, sugere. 

Em duas lojas de roupa também na Kizaemon o clima entre a equipe de vendas é de desolação. A falta de movimento e a dificuldade de vender eram realidades desconhecidas até pouco tempo. 

“Nunca vi a loja assim. Tem dia que a pessoa não vende nada. A gente já está é com medo da loja fechar e todo mundo ficar desempregado”, afirmou temerosa uma mulher que tem dois filhos e o marido está desempregado. “Só Deus pra dar forças numa situação assim”, completou.

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