Cantareira volta a ser o principal sistema produtor de água e represas da Grande SP

Por Assessoria de Imprensa | 14/02/2016

Em janeiro, o Cantareira retomou o posto de principal sistema produtor de água da RMSP, que havia perdido para o Guarapiranga em março do ano passado devido à estiagem – hoje, o Cantareira atende aproximadamente uma população de 5,7 milhões de pessoas e o Guarapiranga, 5,2 milhões. Antes da estiagem, em dezembro de 2013, esses sistemas abasteciam, respectivamente, 8,8 milhões e 3,9 milhões de clientes. 

Os seis principais sistemas que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo fecharam janeiro de 2016 com um acréscimo de 181,1 milhões de m³ de água na comparação com dezembro de 2015, totalizando 884,55 milhões de m³, uma alta de 25,7%.  Na comparação com o nível dos reservatórios registrado em janeiro do ano passado, no auge da crise hídrica, a elevação foi de 598,55 milhões de m³ (+209,3%), quantidade de água que corresponde a mais da metade de todo o volume útil do Sistema Cantareira ou a somatória dos volumes úteis dos sistemas Rio Claro, Alto Cotia e Alto Tietê. 

Essa alta nos reservatórios aconteceu em um mês de boa quantidade de chuvas. Para se ter uma ideia, em janeiro passado a afluência (entrada de água nas represas) no Cantareira foi de 73,8 m³/s, acima da média histórica para o mês, que é de 70,9 m³/s. Em janeiro de 2015, a afluência foi de 11,5 m³/s nesse sistema.
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        Bônus – A melhora na situação dos mananciais também se deve ao Programa de Bônus, iniciativa importante para estimular o uso racional da água. Em janeiro, a adesão da população da Grande São Paulo foi de 77%, mantendo o mesmo percentual registrado no mês anterior.

   No total, a economia de água feita pelos moradores atendidos pela Sabesp fez com que a companhia deixasse de retirar no mês passado 5,7 mil litros por segundo das represas que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo. O volume economizado é suficiente para abastecer cerca de 1,83 milhão de pessoas, correspondente às populações somadas das cidades de Sorocaba, Osasco e Ribeirão Preto, aproximadamente. Ou seja, em todo o mês de janeiro, a população poupou mais de 14,8 bilhões de litros de água. Para se ter uma ideia do quanto isso representa, esse volume equivale quase à capacidade total do Sistema Alto Cotia. 

Dos 77% que reduziram o gasto de água em dezembro, 65% efetivamente ganharam o bônus, enquanto os demais 12% diminuíram o consumo, mas não o suficiente para receber o desconto na fatura da Sabesp. Considerando todos os clientes que receberam bônus no mês passado, 55% reduziram o consumo em mais de 20% (faixa de bonificação de 30%), 5% diminuíram o uso entre 15% e 20% (faixa de bônus de 20%) e outros 5% tiveram um gasto de água entre 10% e 15% menor e ganharam bônus de 10%. 

Já a parcela de clientes que aumentaram o consumo foi novamente de 23%, dos quais 14% pagaram sobretaxa. Os outros 9 pontos percentuais não receberam o ônus porque consumiram o volume mínimo de 10 mil litros mensais. 

O programa de bônus foi implantado em 1º de fevereiro de 2014 para os moradores atendidos pelo sistema Cantareira. A partir do dia 1º de fevereiro de 2016, o programa passou por mudanças, cuja atualização da regra para cálculo do bônus (não se aplica para a tarifa de contingência) consiste na adoção, para cada cliente, de um novo consumo médio de referência.

Até agora, esse indicador correspondia à média de consumo no período entre fevereiro/2013 e janeiro/2014, que permanece para efeito de aplicação da tarifa de contingência. A nova média, para efeito de aplicação de bônus, é calculada pela multiplicação do antigo indicador por 0,78. As demais condições e regras do programa estão mantidas, inclusive o escalonamento das faixas de bonificação de 10%, 20% e 30%. Isto é, quem reduz o consumo em 20% ou mais recebe desconto de 30%, entre 15% e 20% o desconto é de 20%, e entre 10% e 15% a redução chega a 10% na conta. A nova meta de consumo é informada na conta dos clientes. 

Mesmo com o período de chuvas, a Sabesp destaca a importância da população se manter comprometida com a economia e o uso racional da água, de forma a garantir a recuperação gradual do nível dos reservatórios após a estiagem de 2014, a maior registrada em mais de 80 anos na Região Sudeste.

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