CEI do Shopping Taboão entra em recesso e na volta vai iniciar oitivas

Por Sandra Pereira | 11/12/2015

A Comissão Especial de Investigação (CEI) que apura as razões da não instalação da alça de saída do Shopping Taboão em direção a Embu das Artes apresentou durante reunião nesta quinta-feira, 10, documentos obtidos junto ao Ministério Público Federal, prefeitura e órgãos oficiados sobre o tema. Os vereadores integrantes da CEI deliberaram que vão aproveitar o recesso parlamentar para estudar a documentação e na volta dos trabalhos vão começar a fase de oitivas. Os discursos deixaram claro que a comissão vai basear essa parte dos trabalhos num documento firmado entre a prefeitura e o shopping em 1º de junho de 2012.

A presidente da Comissão, vereadora Érica Franquini, afirmou ter informações do prefeito Fernando Fernandes dando conta que o processo de municipalização da Rodovia Régis Bittencourt, no trecho de Taboão da Serra está bastante adiantado. Ela antecipou que caso isso aconteça a comissão vai brigar para que o shopping execute todas as obras viárias de intersecção da rodovia e de contenção dos alagamentos.

“O shopping deve isso a nossa cidade. Caso a BR seja municipalizada podemos trocar a alça pelas obras que são necessárias para melhorar o trânsito e acabar os alagamentos”, afirmou Érica Franquini.

O presidente da Câmara Municipal, vereador José Aparecido Alves, o Cido, lembrou que em visita recente à região o Ministro dos Transportes Antônio Carlos Rodrigues garantiu a realização de várias obras viárias na BR. Para o presidente se a municipalização acontecer o dinheiro da alça deve ser doado ao município para ser aplicado na saúde, por exemplo.

O vereador Luiz Lune sugeriu que a comissão convide o prefeito Fernando Fernandes para tratar sobre a alça e desmitificar questões sobre a inauguração do empreendimento na cidade.

Eduardo Nóbrega disse que ao final da CPI será preciso responder se o shopping tinha responsabilidade de construir a alça. Quem facilitou a não construção. Quem deixou de fiscalizar. Quem liberou alvará sem a alça. Quem permitiu as expansões.

 “Nesse sentido é preciso lembrar que a comissão tem poderes para ouvir qualquer pessoa. A decisão da presidente de só fazer as convocações depois de analisar os documentos é correta, até pra gente saber o que perguntar. É muito claro que o shopping tinha que construir a alça e em nenhum momento eles negam essa obrigação. Mas alguém não cobrou isso. Deram o alvará, assinaram documento e não falaram em prazos”, observou Eduardo Nóbrega.&8203;

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