Vereadores criticam oposição e saem em defesa do prefeito Fernando Fernandes

Por Sandra Pereira | 15/04/2015

Como que em uma só voz os 10 vereadores da base do governo na Câmara de Taboão da Serra saíram em defesa do prefeito Fernando Fernandes e atacaram de maneira contundente o ex-vereador Aprígio, adversário político do atual prefeito. Esse foi o fato que marcou a sessão desta terça-feira, 14. Logo no começo dos trabalhos o presidente da Câmara José Aparecido Alves, o Cido, literalmente matou no peito um pedido de CPI contra o prefeito. Ele remeteu à Comissão de Justiça e Redação as demais denúncias que tramitavam na Casa pedindo afastamento de Fernando Fernandes da prefeitura. Já perto da meia noite os vereadores aprovaram por unanimidade os 4 projetos constantes na pauta.

"As denúncias são infundadas. Estão prejudicando o trabalho dessa Casa. A Câmara não pode ter suas atividades normais prejudicadas em razão de tantas denúncias sem fundamento. Por isso estou encaminhando todas elas a Comissão de Justiça e Redação", afirmou Cido.

Depois da fala do presidente, o vereador Marco Porta foi o primeiro a usar a tribuna para parabenizar atitude do Cido e dizer que “chega de denuncismo vazio e sem fundamento”. Porta afirmou que está na hora da cidade voltar a trabalhar. Mandando recado ao vereador Luiz Lune disse que para o mesmo garantir o brilho do seu mandato, o correto seria fazer as denúncias contra o prefeito, ao invés de permitir que as mesmas fossem encaminhadas pelo presidente do PC do B, Toninho.

"Faça vossa excelência Luiz  Lune essas  denúncias. Não tire o brilho do seu mandato e dona Luzia já é dado como certo que é o seu Aprígio quem está financiando essas denúncias. Diga a ele que reveja essa situação porque a cidade quer dizer um basta a isso. Está na hora de trabalhar", disparou.

Moreira  pediu sem sucesso  que as denúncias fossem lidas em plenário para que não houvesse risco de judicializar a sessão.

Eduardo Lopes avisou que o PSDB na cidade está firme forte e não vai mais aceitar agressão contra seu governo. Ele cobrou área institucional 36 mil metros quadrados que a prefeitura está reivindicando da Cooperativa Habitacional Vida Nova e chegou a pedir que a base abrisse uma CPI para investigar o fato.

O vereador Ronaldo Onishi avisou que a câmara não vai ser refém de político nenhum. Ele disse que as denúncias são políticas e tem a clara função de desestabilizar o governo. De pronto avisou que o grupo tem lado e que vai se unir na defesa da administração.

A vereadora Érica Franquini diz que todos estão cansados do que chamou de política suja, baseada em denúncia infundada. Para ela a cidade tem muita coisa boa pra acontecer e a onda denúncias  está prejudicando os trabalhos dos agentes públicos.

"Dona Luzia peça ao seu Aprígio que faça a política do bem. O prefeito vai inaugurar muitas obras na cidade vamos nos unir fazer a política do bem anunciar as coisas boas que estão acontecendo", pediu Érica Franquini.

A vereadora Joice Silva se posicionou enquanto governo e disse que lugar de fazer política é na rua. Ela observou que a casa não pode se pautar em razão de denúncias infundadas e ainda disse que os vereadores de oposição Lune, Moreira e dona  Luzia é quem deveriam estar à frente das denúncias feitas contra o prefeito.

Carlinhos do Leme disse ficar triste com fato das denúncias impedirem que a Casa trabalhe normalmente. Ele observou que as denúncias são  infundadas e deixou clara sua insatisfação com as mesmas.

Já o vereador Marcos Paulo afirmou que a Câmara é lugar de discutir ideias, porque os votos devem ser conquistados na rua.  Ele comentou jornal publicado na cidade informando que a Câmara poderia afastar o prefeito e classificou a informação de mentirosa, com a finalidade de plantar dúvida entre os moradores. Paulinho voltou a cobrar que é oposição vá até Brasília e traga o dinheiro que o Ministério da Saúde deve ao município. Ele disse que teria até 15 dias pra dar o parecer sobre os processos encaminhados a Comissão de Justiça e Redação.

“Estou com tanta vontade de trabalhar que já antecipei o parecer”, disse.

O líder do governo na Câmara, Eduardo Nóbrega, foi um dos últimos a usar a tribuna. Ele anunciou o fim da greve dos coletores de lixo e varredores de ruas de Taboão da Serra. Nóbrega voltou a criticar a antecipação do período eleitoral e avisar que a base estará firme na defesa do governo.  “O debate iniciado pela oposição só deveria ocorrer a partir de junho de 2016”, concluiu.

Num discurso que oscilou entre irônico e magoado dona Luzia Aprígio usou a tribuna e disse agradecer a todos os vereadores que citaram o nome do seu marido, seu José Aprígio da Silva. Referindo se às críticas feitas pelos vereadores ao marido, dona Luzia disse que a lição de casa foi bem feita e os alunos entenderam bem numa crítica aos colegas integrantes da base do governo. Ela passou todo a maior parte dos trabalhos de costa para os vereadores que usaram a tribuna.  Na vez dela falar foi a platéia que deu às costas a ela.

"Quero agradecer todos vocês vereadores que elevaram o nome do seu Aprígio na sessão. Obrigada Paulinho, Porta, Onishi. Obrigada a todos vocês", declarou em tom quase indecifrável.

Em meio a confusão na plateia que não parava de gritar e se manifestar durante pronunciamento o vereador Luiz Lune disse que os integrantes da base costuma afirmar que governo passado deixou Taboão da Serra um lixo.

"Lixo Taboão está hoje.  Lixo está a cidade e à saúde",  vociferou  antes de ser literalmente calado pelo tumulto provocado na plateia.

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