Morador de Taboão morre no Antena aos 29 anos com suspeita de dengue hemorrágica

Por Sandra Pereira | 29/03/2015

Um jovem de apenas 29 anos, morador da rua Ângelo Ferreira Fagundes, no jardim Trianon, em Taboão da Serra e identificado como Hélio Milk da Silva pode ter sido a primeira vítima de dengue hemorrágica em Taboão, neste ano de 2015. O jovem faleceu no pronto Socorro do Antena, neste sábado, 28, e foi sepultado sob forte comoção no cemitério da Saudade, neste domingo, 29. A morte do rapaz foi a segunda no Antena, em pouco menos de 15 dias, de moradores muito jovens. Antes, Rosemeire Manfrim, de apenas 25 anos, perdeu a vida no pronto socorro do Antena  e a família dela acusa os médicos de negligência. Ambas as mortes serão discutidas na audiência pública de saúde marcada para a terça-feira, 31, a partir das 10 horas na Câmara Municipal.  

A morte precoce do rapaz deixou familiares e amigos inconformados. A confirmação de que a morte dele se deu em decorrência ou não de dengue hemorrágica só deve ocorrer após a realização dos exames complementares que são indicados para este tipo de caso e cujo  resultado dos exames pode demorar até 15 dias.

Familiares do rapaz prestaram queixa da morte na Delegacia. Eles querem saber as causas reais da morte do jovem. A Guia de Encaminhamento de Cadáver  de Hélio apontou que a causa provável da morte dele teria sido dengue hemorrágica. Já a Declaração de Óbito atestou que o jovem morreu em decorrência de hemorragia digestiva alta, que pode ser uma consequência da dengue hemorrágica. 

Hélio Milke da Silva deixa uma filhinha de apenas 1 ano e poucos meses de idade. No sepultamento dele familiares e amigos se diziam inconformados com a tragédia.
Segundo familiares Hélio Milke da Silva tinha voltado da cidade de Campinas com suspeita de dengue. Com quadro que apresentava vários sintomas ele chegou a ser atendido no hospital da USP de onde teve alta. Após isso deu entrada no pronto socorro do Antena onde veio a falecer.

 O jovem morava na região do Trianon aonde os casos de suspeita de dengue são constantes. Segundo relato dos próprios moradores nesses últimos dias o lixo acumulado nas ruas em decorrência da greve dos catadores deixou o bairro numa situação de total colapso. A  própria rua aonde o jovem que morreu morava está coberta de montanhas de lixo problema que se repete em várias outras partes de Taboão da Serra,  Embu das Artes e das outras 133 cidades paulistas onde a greve de catadores de lixo mudou a rotina da população e está deixando as ruas repleta de sacolas de lixo e de mau cheiro. 

A população alega que o problema está favorecendo a proliferação de insetos dos mais diversos tipos. Até agora não há evolução entre as negociações da empresa com os catadores o que faz a greve permanecer para desespero da população que já não suporta tanto lixo nas ruas. Em Taboão a prefeitura chegou a realizar uma ação emergencial de coleta de lixo nos locais mais atingidos, mas a iniciativa não foi suficiente para manter a limpeza nas ruas.

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