Valentina, exemplo de Parto Humanizado na Maternidade Municipal de Itapecerica da Serra

Por Departamento de Comunicação da Prefeitura de Itapecerica da Serra | 10/03/2015

Atendendo diretrizes preconizadas pela Organização Mundial de Saúde e pelo Ministério da Saúde, a Maternidade Municipal Zoraide Eva das Dores promove ações que visam a sedimentação da implantação do parto humanizado na unidade. Importante esclarecer que parto humanizado não é um “tipo de parto”, mas um processo que acolhe e respeita a mulher como dona de seu próprio corpo e conhecedora de suas limitações e necessidades, cabendo a ela a escolha sobre como quer dar à luz.

Graças a esse novo conceito, algumas gestantes estão vivenciando experiências confortadoras no momento de darem à luz. Foi esse o caso de Pamela de Lima Santos, 30 anos, que mudou a forma de encarar o parto e se libertou de traumas adquiridos em gestações anteriores, a partir do momento que passou pela experiência de um parto humanizado.

Moradora de Embu Guaçu, município para o qual a Maternidade Municipal de Itapecerica da Serra é referência, Pamela trazia fortes traumas de suas duas primeiras gestações. “Eu tinha pavor até de ver uma mulher grávida, porque imaginava o sofrimento que ela ia passar no momento do parto”, desabafa.

Mãe de Cauã, 9, e de Nathan, 6, filhos de seu primeiro casamento, Pamela conheceu Marcelo Augusto Friedericks, 43, que também já tinha dois filhos do primeiro casamento: Gabriela, 12, e Rafael, 9, além de Diogo, 15, filho da primeira esposa que, na separação, passou a morar com o padrasto. Passaram a viver, todos, sob o mesmo teto.

Respeitando os traumas que Pamela trazia com relação a gestação, o casal estava decidido a não ter mais filhos, tanto que ela tomava, rigorosamente, o anticoncepcional e Marcelo já estava com a vasectomia agendada. Porém, parece que o destino encontrou um jeitinho de ludibriar a vontade do casal. “Eu e meu marido adoramos correr. Estávamos nos preparando para participar de uma corrida de 16 quilômetros no Rio de Janeiro, quando tive uma forte crise de sinusite e precisei tomar antibióticos”, conta. “O médico disse que, provavelmente, o antibiótico tenha cortado o efeito do anticoncepcional”. Pamela conta que ficou apavorada quando a gravidez se confirmou. “O momento do parto do meu primeiro filho acabou sendo muito traumático, eu fiquei 20 horas em sofrimento, não tinha dilatação. No nascimento do segundo, fiquei 13 horas em trabalho de parto, o bebe era muito grande, sofri violência obstétrica, levei 12 pontos, meus pontos inflamaram e o bebê quebrou a clavícula ao nascer. Quando saí da maternidade, não queria passar por aquilo nunca mais na minha vida. Pra mim, parto era só aquilo”, relata, emocionada.

Percebendo que a esposa entrava em depressão, Marcelo procurou ajuda médica. Foram encaminhados à enfermeira obstetra Sheyla Guimarães Oliveira, diretora da Maternidade Municipal Zoraide Eva das Dores, que lhes falou sobre parto humanizado, explicando que, assim como cada ser humano é único e cada um tem suas peculiaridades, também o parto possui uma diversidade de situações que devem ser consideradas. “Procuramos ouvir cada gestante para aliviar a ansiedade e deixá-la tranqüila e confiante para o momento do parto”, esclarece a diretora, lembrando que por isso é tão importante que a gestante conheça a maternidade durante os meses de gestação.

“Sou muito grata a toda equipe, porque, graças a esses profissionais, eu cheguei aqui super tranqüila para ter a minha filha. Em nenhum momento tive medo. Estava aliviada. Fui muito bem atendida”, afirma Pamela.

Foi assim que nasceu Valentina, filha do casal Pamela e Marcelo. Acolhida pelos pais, pelos cinco irmãos e por toda a equipe da Maternidade Municipal Zoraide Eva das Dores.

“Hoje, com o terceiro filho, depois de passar por tudo o que passei, de enfrentar todos os traumas que enfrentei, eu vejo que é importantíssimo a mãe conhecer a maternidade que vai ter o filho, ter um contato com o profissional, ter a porta da maternidade aberta, porque isso pra mim é um parto humanizado”, afirma. “Se a minha história puder ajudar uma mãe a não passar por tudo o que eu passei, eu vou ficar muito feliz”, conclui.
As visitas à Maternidade Municipal Zoraide Eva das Dores podem ser agendas pelo telefone 4666-4540, ou por meio da UBS onde a gestante faz o pré-natal. 

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